Um voo fatal...
Dois aviões que transportavam cento e dezasseis passageiros desapareceram misteriosamente nos Andes e os investigadores acreditam que ambos foram vítimas de pirataria.
Um aparelho das linhas aéreas Saeta, com cinquenta e nove passageiros a bordo, deslocou de Quito no Equador, a 15 de Agosto de 1976, para um voo de quarenta e cinco minutos até à cidade de Cuenca, mas desapareceu sem deixar rasto.
Dois anos mais tarde outro avião também da Saeta partiu com cinquenta e sete passageiros, mais uma vez em direcção a Cuenca, passou pela mesma estação de rastreio que o seu homónimo de 1976 e depois desapareceu. Intensas buscas não revelaram sinais do aparelho nem dos passageiros, mas um interrogatório levado a cabo em Quito, cinco camponeses e um professor declararam sobre juramento que viram o segundo avião desviar – se de repente do seu curso normal para sul e dirigir – se para noroeste.
O major Carlos Serrano, o presidente da Saeta, uma das três companhias aéreas de voos domésticos do Equador , sustentava a tese de que os dois Vickers Viscount tinham sido desviados, dizendo que podiam estar envolvidos no caso traficantes de droga.
“São os aviões ideais para eles”, afirmou “percorrem longas distancia, aterram em pistas curtas e, tirando – lhes os assentos, podem transportar doze mil toneladas de carga”
As buscas dos dois aviões envolveram patrulhas da Força Aérea do Equador e do Exército do Equador, um avião de reconhecimento C – 130 da Força Aérea Norte Americana e um helicóptero com dispositivos de raios laser, mas não tiveram êxito. O comandante Reinaldo Lazo, oficial da ligação com os Estados Unidos, disse depois que a tripulação do C – 130 não havia chegado a conclusões após semanas de intensas pesquisas.
Por sua vez, James Kuykendall, representante no Equador do Departamento de Controle da Droga nos Estados Unidos, revelou que encontrara entre os nomes dos passageiros dos aviões desaparecidos alguns que já tinham cadastro por trafico de droga, acrescentando que o seu departamento não fazia ideia do que sucedera aos passageiros.
No entanto, o major Serrano, da Saeta, está mais seguro, afirmando crer que eles foram postos a trabalhar na colheita de marijuana. Os desaparecidos incluíam setenta e quatro homens, trinta e seis mulheres e seis crianças e havia desde trabalhadores rurais, a médicos e advogados.
Guillermo Jaramillo, um advogado de Quino cujo filho de trinta e nove anos, ~Ivan, desapareceu no segundo voo, organizou uma comissão de famílias para aprofundar o mistério, a qual juntamente com a Saeta ofereceu trezentos e vinte e cinco mil dólares de recompensa por informações… que nunca foram fornecidas.
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